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Prefácio

XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR
  Curitiba – PR, 30 de abril a 5 de maio de 2011


 

    Estamos vivendo mais um Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (SBSR). Esta sua 15ª edição tem Curitiba-PR como sua cidade sede. É um Simpósio especial, notadamente por ser mais um marco histórico no número de trabalhos submetidos (1.715) e de aprovados (1.207). Também é um marco por guardar coincidência com o 50º aniversário do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O primeiro SBSR foi em 1978, 17 anos após a criação do INPE.

     Nesses 33 anos de SBSR, muita coisa mudou no campo do sensoriamento remoto. O número de satélites e, consequentemente, o volume de dados disponíveis aumentou de maneira vertiginosa. Hoje, contam-se dezenas de satélites afins ao sensoriamento remoto. A capacidade computacional permitiu que muitas análises passassem a ser possíveis, como a integração de dados e modelagens em sistemas GIS. Novas dimensões nas resoluções dos dados tornaram-se disponíveis: dados hiperespectrais, dados de radar, LIDAR, resoluções espaciais sub-métricas, altas frequências temporais, sensores operando em 12 bits ou mais, etc.

    A institucionalização do INPE e a posterior criação do Departamento de Sensoriamento Remoto com a quase concomitante criação do Programa de Pós-Graduação em Sensoriamento Remoto foram atos decisivos como primícias desse campo no País. O INPE tem sido ao longo do tempo parte importante da cadeia do sensoriamento remoto: recepção, processamento e distribuição de imagens; educação e capacitação formal; e execução de projetos relevantes. Mais recentemente, a fixação de quadros nas diversas organizações governamentais, privadas e educacionais, e o surgimento de um pujante setor de serviços têm sedimentado o quadro do sensoriamento no país. Por fim, e mais hodiernamente, observa-se um processo de instalação de empresas internacionais e uma internacionalização das empresas nacionais, completando o ciclo de universalização desse campo no Brasil.

     Os SBSRs vêm refletindo toda essa transformação e crescimento ao longo dos anos. A inserção do sensoriamento remoto e áreas correlatas nos currículos de múltiplos cursos de graduação e pós-graduação têm contribuído para o crescimento dos SBSRs. O rápido e constante crescimento da educação superior no Brasil nos últimos 15 anos também tem servido de suporte a esse fenômeno do sensoriamento remoto. E os SBSRs têm funcionado como dasaguadouro natural das pesquisas e desenvolvimentos realizados em todos os ambientes geradores de conhecimento: universidades, institutos, organizações, empresas, etc. A riqueza de interesses reflete-se na diversidade dos temas que compõem o programa deste XV SBSR.

   Felizmente, e graças ao esforço de muitos, o SBSR tem conseguido manter-se como um fórum para todos os atores do sensoriamento remoto: pesquisadores, educadores, empresas fornecedoras e consumidoras de serviços e produtos, pessoas dos mais diversos segmentos privados, públicos e do terceiro setor, estudantes, etc. O SBSR é o berço natural da capacitação e discussão dos avanços científicos, técnicos e metodológicos nas mais diversas áreas do conhecimento. O apoio dos autores, organizadores, instrutores, voluntários, instituições de fomento, palestrantes, congressistas em geral, e empresas e instituições públicas e privadas é fundamental para a sua realização.

     Finalmente, consideramos os SBSRs como um dos principais instrumentos fomentadores do sensoriamento remoto no país, pois aglutina as inteligências e interesses do segmento, e é elemento chave na propulsão e materialização do conhecimento gerado a cada dois anos. Este Programa Técnico explicita a magnitude do XV SBSR, com seus Cursos, Sessões Especiais, Sessões Orais, Sessões de Painéis, Exposição Técnica e outras atividades que ocorrerão nesses seis dias de Simpósio. Complementa-se com os Anais em mídia digital e online, com suas milhares de páginas de conhecimento materializado.

    Esperamos que o programa de atividades de alto nível oferecido a todos seja de muito proveito e que os Anais sejam fonte permanente de consulta e reflexão para o avanço do conhecimento do sensoriamento remoto no Brasil.


José Carlos Neves Epiphanio
Lênio Soares Galvão
Coordenadores do XV SBSR